sábado, 8 de novembro de 2008

erosão


A força do grito
dispensa do eco a presença,
o ferimento monocórdico
e insidioso.


A lágrima
cava mais um sulco no rosto
enrugado,
na profundidade do grito.


A mágoa,
da nascente à foz,
corre na cama pedregosa,
aluvião.


Desgaste a desgaste,
haverá quem não se arraste?
Tudo
é erosão.

1 comentário:

Anónimo disse...

Vim visitar mais um avez o teu cantinho, já cá estive ontem e vou continuar a acompanhar a tua escrita,

beijo ( Malvado)

Luisa Raposo